Honestidade.
Humildade. Gratidão. Parecem-me ser conceitos tão simples, mas podem ser tão
bem distorcidos. De que vale implementá-los em nós, se esses mesmos valores,
quando ausentes, podem apunhalar-nos nas costas pela mesma pessoa que possui a
faca e o teu coração? Ações tão simples que culminam na origem de pensamentos
tão intensos.
Foste vítima da ilusão, mais uma
vez. Talvez apenas da ingenuidade, mas seja como for: aprende a lição.
Guarda-te mais para ti, e além do mais, hesita em tirar de ti para dar a
alguém. Por vezes torna-se difícil, quando o teu único horizonte é o amor, mas
tens de ser forte. Se não memorizares a lição, vais deparar-te inúmeras vezes
com a desilusão e a tristeza fundidas num misto de raiva. E lá se vai a
honestidade. Pior: podes inconscientemente mudar drasticamente os teus pensamentos,
e consequentemente os teus sentimentos, numa volta sem retorno, devido aos
choques térmicos de tantas ocasiões irrelevantes ao maldito olho cego. Talvez
vejas demasiado, mas a esperança da reciprocidade é maior do que tu. E lá se
vão a gratidão e humildade.
Lembra-te também de que, por mais
que te tentem fazer acreditar, o problema não és tu. Pelo menos não és só tu.
Tens direito a sentir, tens direito à tua opinião. Tens direito a ressentir, quando
esperas de alguém aquilo que tu dás. Não te percas, refortalece-te.
-inêspais.
