Não mereces. Nem nunca mereceste.
Dizem que não nos devemos de arrepender do que fazemos, apenas do que não fazemos. Mas arrependo-me. De não crescer. De ser sempre ingénua. De acreditar no melhor das pessoas. De crer que estou a receber quando não estou. De te ter deixado entrar. Tu sabes como sou. Eu mostrei-te tudo. Das duas uma: ou és simplesmente a pessoa mais parva que conheço ou és mesmo má pessoa. Aponto para a segunda. Se calhar sempre continuas a ser o puto de sempre.
O pior de tudo é que eu sei que não mereço isto. Não. Talvez pior ainda seja que eu sei que tu também sabes disso. Assim sendo, que o futuro, a vida, ou qualquer que seja a entidade, tenha bem reservado para ti tudo o que mereces, porque pelos vistos ainda não aprendeste a ser humano. Permitiste que te desse mais do que aquilo que devias ter aceitado. És cruel. Espero que o saibas.
Esta foi a última vez que te dei importância.
Saíste.
-inêspais.